3 de julho de 2008

Entidades mobilizadas contra a CSS

A luta contra a Contribuição Social para a Saúde (CCS) continuou, ontem à tarde na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), depois que uma ampla mobilização de entidades tomou conta do Pátio do Colégio pela manhã. A estratégia será mobilizar entidades empresariais, associações e sindicatos em torno de algumas ações comuns para evitar que o novo imposto passe no Congresso Nacional.
Entre essas ações adotadas pelo movimento "Sou Contra a Volta da CPMF - CCS. Diga Não ao Imposto", que reuniu mais de 200 entidades na Fiesp, estão: ampliar a coleta de assinaturas para um abaixo-assinado a ser enviado ao Congresso Nacional (adesões podem ser feitas pelo site www.dcomercio.com.br); cobrar uma posição clara dos senadores da situação e oposição sobre o tema; divulgar material que repudia a CCS; e, em último caso, recorrer à Justiça.

"O importante é todos ficarem juntos para evitar que essa violência tributária não nos alcance", disse Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para ele, é fundamental as entidades mostrarem aos deputados federais e senadores que a sociedade não vai tolerar ser contrariada em seus anseios em favor de menos tributos.

"Não podemos aceitar esse imposto que vai ajudar a empurrar as empresas para a informalidade", afirmou Burti. Ele acredita que a luta conjunta das entidades, iniciada pela manhã no Pátio do Colégio, representa um compromisso com o desenvolvimento.

Para José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon), há excesso de arrecadação. "Por isso o melhor seria discutir sobre a necessidade de uma máquina pública menor e mais eficiente", propôs. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Sessão São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D'Urso, mandou um "recado" ao governo: "Toda vez que for imposto um ônus injusto sobre a população, ela saberá se defender". Paulo Skaf, presidente da Fiesp, não acredita na aprovação da CSS. "Mas não devemos nos acomodar", enfatizou.

Ivone Capuano, da Associação Paulista de Medicina (APM), reforçou: "Estamos nessa luta, porque o dinheiro da CPMF nunca foi usado para o atendimento médico". Márcio da Costa, vice-presidente da Federação do Comércio (Fecomercio), pediu aos parlamentares que mudem sua pauta – "da CSS, para uma verdadeira reforma tributária".


fonte: Classe Contábil

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